segunda-feira, 25 de abril de 2011

Não é que a mulher faça menos sexo que o homem,


Não é que a mulher faça menos sexo que o homem - talvez, depende do caso. A questão não é a quantidade, mas o número de parceiros diferentes. A mulher tende a buscar mais vezes o mesmo parceiro por uma questão biológica e instintiva: precisa se sentir segura e ter alguém estável para o caso de uma gestação (mesmo que se utilize métodos anticoncepcionais, é algo instintivo e não muda).

Além disso, o ato de reprodução não é tão simples para a mulher como é para o homem. Enquanto este tudo o que precisa fazer é despejar as gametas e ir embora, a mulher passaria nove meses carregando um parasita, entortando a coluna, e ainda mais quinze meses amamentando. É muito desgastante, em comparação. 

Por sexo ser tão "livre de consequências" para os homens, a tendência é que eles façam numa quantidade maior e com um número maior de parceiras, com o objetivo de espalhar seu material genético mundo afora para que este possa ser perpetuado.

O homem só vai se focar em uma só mulher quando encontrar uma que pareça especial. Que tenha personalidade própria, que seja ativa no mundo e tenha capacidade de pensar. Esta é a parte do texto que toda garota adora: lê pensando no que deve fazer para ser assim. "Aposto que a autora vai dar umas dicas!". Ah, que ridículo. 

Parece que as meninas são educadas, desde sempre, para a reprodução. Brincam de cozinha, cuidam de bebês de pano e plástico, se maquiam para ficarem atraentes desde os dez anos, hoje em dia. Crescem, logo colocam em exposição as pernas longas e os seios fartos que um dia alimentarão a prole (e como colocam em exposição...).

Em outras palavras, assim como as mulheres adoram se queixar de que "os homens não prestam, só pensam em sexo", também elas são criadas - pelos pais, pela mídia - pra ter uma existência praticamente só focada na reprodução. Só que, claro, de uma maneira muito mais romântica, o príncipe encantado no cavalo branco e todo aquele mimimi.

A leitora fútil pára e me pergunta: "tá dizendo que isso não existe?". Cara, existindo ou não, a vida é mais do que isso, entende? Às vezes eu tenho a impressão de que tanto homens quanto mulheres são focados demais no processo de perpetuação genética. O quão egocêntrica uma sequência de bases nitrogenadas pode ser?!

Uma vez, na Cidade Baixa, eu andava do lado de duas amigas que exibiam seus corpos saudáveis e úteros disponíveis pela rua. Um cara veio pra cima de uma delas, sem perdão. Houve quase violência para a guria se livrar dele. Esse desespero eu acho muito engraçado - muitas vezes a garota nem queria aquilo; vestiu-se de maneira provocante porque é como a maioria se veste e ela não queria se sentir "ofuscada". Por consequência, um cara quase a agarrou contra a vontade dela. Foi então que me veio um daqueles insights que o estado alterado da mente muitas vezes nos proporciona:
- Aquele cara acha que ele tem genes melhores que os outros?! Ele não precisa sair por aí colonizando úteros!

E é o que a maior parte dos caras fazem - até certa idade, pelo menos: colonização de úteros. Leva um tempo até que se toquem de que isso é um desperdício.

Da mesma forma, leva um tempo até as meninas compreenderem que não é estritamente necessário ter um namorado. Aquele tipo de garota que traça metas, que chora no dia dos namorados em casa sozinha comendo chocolate - ALÔU? Okay, eu sei que você também quer seus genes perpetuados, querida, mas tem idade pra isso. Até lá, preocupe-se mais em desenvolver-se, em aprender a pensar e absorver idéias e conhecimentos das culturas do mundo.
Ou simplesmente fique atirada na areia na beira da praia, adquirindo melanina. Your choice. Mas VIVA, amadureça antes de pensar em pôr alguém no mundo.
Que criança fazendo criança é o que mais tem.




sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Caro humano:

Não há quem culpar.

És o responsável por TODAS AS COISAS que lhe acontecem.
Não existe sorte nem azar e ninguém conspira contra ti. As coisas que vêm até ti foram atraídas por ti mesmo. E as coisas que você deseja não acontecem porque VOCÊ não acredita que seja possível de acontecer. Porque você não acredita na tua capacidade de conquistá-las, porque você acredita que 'sempre' tem algo te bloqueando o caminho.

Não és vítima de absolutamente nada, tampouco um anjo ou deus te deu aquilo que tu precisava: TU MESMO CONQUISTOU.

Nem Deus nem Diabo nem má sorte nem boa sorte interferiram na tua vida.


A única influência na tua vida, além da tua própria atitude, é a das pessoas à tua volta.



Por favor, enxergue-se na sua condição de independência, de ser que transforma enquanto vive, de ser que faz as coisas acontecerem.









sábado, 29 de janeiro de 2011

O desapego

Kali provocou-me a expôr certos pensamentos que venho há um tempo remoendo para postar. No blog dela, a moça falava sobre essa necessidade que muitos de nós - praticamente todos nós - de vez em quando temos: necessidade de ser necessários para alguém, ou para vários alguéns.
É o que acontece quando você se depára com alguém super legal, mas que é cheio de problemas. Ok, todos somos cheios de problemas, mas a pessoa se revela problemática à medida em que não consegue lidar bem com os que tem. Muito bem, você acaba de encontrar um bichinho ferido - alguém que você resolve que precisa ajudar, porque pensa que, sem ti, ele "não será capaz de ver a luz".
Acontece que, muitas vezes, o bichinho ferido sequer percebe que é problemático. Eu sei porque já fui o bichinho ferido de uma amiga, que se enlouquecia por coisas que eu não entendia. Às vezes essa pessoa que você quer tanto, tanto tanto ajudar, nem quer a tua ajuda. E nem precisa;  ela pode aprender sozinha, e aprende após um certo tempo.
Mas o que nós, babás de bichinhos feridos, não podemos aceitar, é que leve tempo. Realmente queremos ver a pessoa feliz logo. E usamos isso como justificativa para insistir em interferir na vida da pessoa, porque, afinal, nos sentimos tão necessários. E não somos. Na verdade, nós que necessitamos a pessoa que queremos ajudar.
Para nos sentirmos importantes.
Usamos bichinhos feridos para suprir a nossa necessidade de auto-afirmação. Porque queremos nos sentir bons e úteis. Queremos sentir que estamos ajudando alguém. Porque ajudar é bom, traz satisfação para a alma. Mas quando isso se converte em obsessão, a ponto de você deixar de lado muitas coisas por "altruísmo", pode ter certeza de que você não está fazendo nenhum bem nem ao bichinho ferido, nem a si mesmo.


A melhor coisa neste caso (e em todos, na verdade) é promover o desapego. E isso não é só no sentido de se afastar coisas/pessoas ruins quando preciso, mas também no sentido de não promover qualquer tipo de dependência por pessoas, nem por coisas, nem por lugares. Eu conheço pessoas que dizem que, quando dormem fora de casa, não conseguem dormir, ou dormem mal. E muitas que se sentem irritadas quando as coisas acontecem de um jeito diferente do normal. Isso é porque, quase sempre, nos apegamos aos hábitos, a tudo aquilo que estamos acostumados. Temos que perceber que, por maior que seja a tranquilidade que o conhecido nos provém, também podemos encontrar paz em outras pessoas, em outros lugares, em outras coisas.

É preciso não precisar, é preciso desenvolver paz de espírito em situações diferentes, com pessoas diferentes, com coisas diferentes. Quanto mais tranquilo você conseguir se manter, melhor você consegue viver. Se você aceitar que as coisas mudam, se torna capaz de realmente aproveitar às coisas que estão a tua volta.

Porque você sabe que elas vão mudar.
Que pode ser que ano que vem você mude de curso da faculdade, e deixe de ver boa parte dos colegas. Que pode ser que amanhã te assaltem e levem o teu celular caro. Que pode ser que semestre que vem teu namorado viaje para outro país em intercâmbio. Que pode ser que semana que vem teu avô morra. E que aquele teu vizinho, amigo de infância, se mude para outra cidade.
E como você vai lidar com isso, se se apega tanto às coisas?

O desapego te ajuda a aproveitar melhor tudo o que vive, justamente porque você sabe que tudo muda, sejam pessoas, coisas ou lugares. Que são experiências que você está tendo aqui e agora, e é preciso tirar o melhor delas. Porque elas vão passar - e virão outras. E isso, triste para os que se apegam, eu acho fantástico. É o que nos garante que sempre vai ter algo interessante prestes a acontecer. Precisamos sempre de coisas novas. Porque precisamos aprender e conhecer. Isso é saudável e interessante de acontecer.


Além de se desapegar dos objetos, dos lugares e das pessoas, é importante se desapegar até de si mesmo. O medo de mudar vem justamente desse apego. Mudar é ótimo; pode nos evoluir e muito. Porque, ao mudar, nos damos liberdades para incorporar todo um mundo de características interessantes em nós mesmos. E isso não acontece se temos receio de coisas diferentes. E também não acontece quando nos apegamos aos nossos hábitos, aos nossos estados de humor e até mesmo às reações automáticas a pequenos obstáculos ou falhas do cotidiano. São tantas as coisas que deixamos de curtir, porque nunca mudamos - nunca nos damos conta de que podia ser interessante tentar algo novo.

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Então, taí um post um tanto confuso e recheado de clichês. Espero que vocês tenham entendido alguma coisa. Porque eu realmente quis passar uma mensagem legal pra vocês. Para que vocês tenham uma vida mais saudável e plena, sem perder tempo e energia se apegando. :3

PS: Só pra esclarecer: não há aqui qualquer mensagem subliminar em apoio às cocotas que pregam "pega mas não se apega". Isso é desperdício de energia também. Ok, outro dia discorro sobre o assunto... x)
PS²: blog da Kali: feelslikeliving.wordpress.com


sábado, 1 de janeiro de 2011

Todo o amor dos meus amigos

expressado em pequenas cenas non-sense.




Fruto da mania de viver se xingando de "gorda" e coisas piores, me vem uma grande amiga, no msn: "Oi minha cetácea preferida!". Ri joules. E amei. 8)

Depois me vem uma outra, que não vejo há tempos: "Gordurenta! Que saudade de me engraxar em ti."
Amor tão ardente que chegou a soar pornográfico.




Um belo dia, na manhã imediata à tarde de uma prova na qual eu queria tirar A e não tinha estudado nada, no laboratório de informática, uma amiga brigando comigo me diz:
 - Michele, se tu não estudar, eu vou te fazer um sanduíche!!
Medo.

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E tem sempre as cenas estranhas impulsionadas pela embriaguez, claro. Como quando o dia que uma amiga se trancou numa cabine sanitária para chorar, e eu a abri do lado de fora atrás da guria. Simplesmente pus o dedo no "ocupado" e girei, e abriu.

E, vocês sabem, a adrenalina provoca um aumento na concentração de glicose no sangue, que, por consequência, neutraliza o efeito do álcool. Um belo dia uma cria me contando que um amigo tava tão bêbado que ele chegou a ficar sóbrio de preocupação. 8) perfeitamente possível.


(este foi um pequeno aglomerado de cenas que me fazem rir até hoje, relatadas com o intuito de fazer-vos rir junto. I really don't care if it fails.)